Quem sou eu

Minha foto
Agudo, RS, Brazil
Professor da Universidade Federal de Santa Maria. Campus Cachoeira do Sul. Àrea de Topografia e Geoprocessamento

A riqueza de uma pessoa

"Sorria, admire tudo que estiver a sua volta por que você está vivo e mundo precisa de você."
O profissional geógrafo vem para auxiliar o empresário, agricultor e órgãos públicos a realizar seu trabalho planejadamente e com sucesso dentro das novas exigências de mercado e da legislação.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Livro: ABORDAGEM E VALORIZAÇÃO DO LUGAR NA ESCOLA DO CAMPO E NA ESCOLA DA CIDADE

A construção deste livro resultou do trabalho final de graduação como quesito para formação em geografia licenciatura plena de Gerson Jonas Schirmer e do trabalho final de graduação em pedagogia de Marisa Dal’ Ongaro. O intuito da elaboração deste livro é apresentar uma discussão em relação à educação do campo e da cidade com base na rede municipal de ensino de Agudo-RS. Neste livro tem-se como enfoque os assuntos que envolvem a valorização do lugar através do ensino, ressaltando as características socioambientais e socioeconômicos do espaço geográfico do município de Agudo. Buscou-se abordar também aspectos singulares da educação do campo deste município que possui sua formação a partir da imigração alemã e com o predomínio de uma agricultura familiar com pequenas propriedades sustentadas pela fumicultura. Este livro poderá ser utilizado como recurso bibliográfico, pois apresenta discussões que relacionam a teoria e prática na abordagem da valorização do lugar na sala de aula. Traz também informações que englobam o cotidiano dos educandos, esperando-se que ao conhecerem esta realidade pode-se também trabalhar em outros locais temáticas que possibilitem os educandos valorizarem seu espaço. Trabalhar com a escala local, ou seja, o lugar percebido e vivenciado pelo educando é fundamental, pois permite despertar no aluno a correlação entre o que se constrói em sala de aula e o seu espaço cotidiano. Além disso, torna-se uma ferramenta didático-pedagógica de grande potencial, tornando – se base para entendimento de dinâmicas que acontecem em outros espaços e escalas. Com a edição deste livro, temos a convicção de que a população em geral e instituições, cujas ações contribuem para o desenvolvimento do ensino, e que, portanto, se baseiam no conhecimento contarão com um importante e amplo quadro de apoio às suas atividades. Além dos temas inseridos, torna-se essencial no processo de construção conhecimento proveniente do trabalho conjunto entre professor e aluno, passando assim, a figurar como peça articulada a outros elementos indispensáveis no processo educativo e constituindo-se num instrumento decisivo para a melhoria da qualidade do ensino, tanto na escola da cidade quanto nas escolas do campo. Espera-se que a publicação deste trabalho cumpra com os seus objetivos e contribua para qualificar a discussão sobre essa temática em sala de aula. Além disso, que transmita informações sobre o município, relevante a comunidade como um todo.

Está disponível em: 
http://pt.slideshare.net/gersonjonasschirmer/livro-educao-do-campo-e-da-cidade

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

THE IMPORTANCE OF THE DISCUSSIONS OF GEOGRAFER GEOMORPHOLOGY IN SOCIAL CONTEXT
The text is based on the discussions made by Margaret Hairstyle 1981, seeking to review conceptual, methodological and philosophical aiming to situate what position geomorphology within the geographical science.
Hairstyle back some discussions regarding the dichotomy created between the natural and the social, physical geography and human geography. It is noteworthy that the most representative geographers do not label themselves in human geographers or physical geographers. Therefore, this dichotomy tends to be overcome from the increasing knowledge gained about both, individually with the social sciences, geology, history and even geography itself.
Place overtaken as the binomial Man-Environment only as synonymous with nature, yet it is believed that not when it comes to the environment as a complex physical relationships, natural, biological and social. Now the environment such complex relationships alone with this dichotomy is already outdated.
Following discussions stands reactions between relief and society. The emphasis is placed under climatic influences, including discussions on the surface characteristics, disregarding the influence of subsurface features.
As the action of man on the environment, according to the text, "depends on your level of social organization, cultural differences, the degree of technological development and economic vitality." But forget the strengths and weaknesses of a particular space which can influence the varying needs of a people.
The Brazilian geographical reality resembles, according to the text, according to the other countries of the intertropical zones. Where we highlight weaknesses tropical herdadadas discussions of colonial roots. Environmental deterioration in these areas stems from several factors, but mainly the lack of environmental awareness and education qualified. In geography and environmental analyzes environmental problems in the country. Placing the components of the space as uniform throughout the world, differing only by their combinations. Highlights the role of the geographer is to study the relationships that form the different regions of the Earth. Thus the geographer should act as an intermediary between the physical and social sciences.
The relationship between geography and geomorphology, according to the text is analyzed according to surface processes, however there was no inclusion of any active subsurface. In the discussion between environment and geomorphology has placed the environment divided into two components: Natural or potential, however there is nothing on environmental fragilities because you do not have the same technological level reached by all to be dealing only with recourse or potential.
We talk about development from generation technology specific to each natural and social environment, but not said clearly on how to achieve this development.
Comments that the prism anthropocentric relief is always a natural resource. Highlights the geomorfólogo should be a professional in order to apply their knowledge in practical problems to earn their livelihood. Thus geomorphological maps should always be prepared directly applicable to problems. In that aspect plays an important role geographer subsidizing other professionals such as architects, engineers, economists, biologists and physicists. A practical example of this is the accident-related nuclear plants in Japan was ignored problems that may arise if we do not take into account the geomorphology in its broad context, taking into account the variables surface (soil, vegetation, hydrography, topography and climate ) and subsurface variables (geology and plate tectonics). These variables can not be analyzed only in parts, but as a whole in a systemic way. In Angra was completely ignored the issue geomorphological social context, because the plants were installed between hills and close to a large population concentration. Well if there is a possible massive landslide near these hills, or some other type of accident the number of people in vulnerable situations is enormous. Moreover, we can not ignore that Brazil does not have all the resources that Japan has
Therefore gaining an insight geomorphological studies and environmental problems from a systemic approach realizes that environmental problems in Brazil are mainly related to lack education and environmental awareness, political and economic interests, and lack of putting environmental issues as a priority for preservation of life. In this sense the geographer should receive more recognition and have greater participation in interdisciplinary discussions. It is a professional qualified to diagnose and prognosticate about natural and social aspects of space in an integrated manner with the aid of geomorphology in the social context. Discussions about ecology, environmental education and sustainable development often become barren for lack of this professional in such discussions. The appreciation and participation geographer can assist in environmental safety and success of a venture.


Some sources of essential care that result in improved water quality and its preservation for future generations.1 Isolation of catchment and adequate distribution of different land uses.The area adjacent to the spring (APP) to be all enclosed to avoid the access of animals, humans, vehicles, etc.. Keep a constant watch for no pollution of the area surrounding the springs.



2 Distribution of land useAvoid land use in the area surrounding the springs in a radius of 50 m. Agricultural activities of tillage, fertilization, planting, cultivation, harvesting and transportation of our products carry workers, machinery and draft animals to the site, contaminating physical, biological and chemical water, and cause soil erosion. 3 Adequacy of rural facilities should be withdrawn any and all houses, chicken coops, stables, pigsties, deposits of pesticides or other construction that may, or infiltration of excretions and chemicals, or Entrainment surface (runoff), contaminate groundwater well as directly pollute the east. In the case of chemicals, one must undertake the analysis of water.
3 Adequacy of rural facilitiesShould be removed any and all houses, chicken coops, stables, pigsties, deposits of pesticides or other construction that may, or infiltration of chemicals and excretions, or Entrainment surface (runoff), contaminate groundwater and pollute directly Rising . In the case of chemicals, one must undertake the analysis of water.
4th Conservation entire basin contribution. Relationship between the area and the contribution of permanent preservation.This work should be carried out jointly by the whole community (public and private), seeking the management and maintenance of watersheds. This paper starts from the place where the spring emerges, following the rest of its course, preserving existing vegetation. Care Source for the use of water for consumption Construction of protective structures of springs. The structures protecting the springs aims to avoid contamination, especially drinking water, already in its origin, either by soil particles or organic matter from the surrounding plants, insects and others.



quarta-feira, 21 de março de 2012

Zoneamento Geoambiental como Ferramenta para Gestão

Definir os sistemas geoambientais, com base no entendimento das potencialidades e fragilidades, representou um importante caminho para atingir a compreensão das alterações ambientais.
A partir desse entendimento pode-se definir modelos de planejamento, direcionando inicialmente para a esfera da propriedade rural, tendo em vista a maximização dos usos de maneira racional, respeitando as fragilidades existentes de cada ambiente.
A proposta é que o conhecimento da paisagem permita estabelecer uma gestão a nível municipal e regional. Hoje existem algumas iniciativas na região como a criação do Geoparque da Quarta Colônia, mas ainda não se tem um zoneamento geoambiental, onde pode-se identificar as vulnerabilidades e aptidões ambientais da região como um todo. Nesse sentido, pretende-se contribuir para a região realizando o zoneamento geoambiental utilizando como modelo o estudo realizado em Agudo-RS, SCHIRMER, 2010, aprofundando as discussões para estabelecer propostas de planejamento e gestão.
Definir os sistemas geoambientais, com base no entendimento das potencialidades e fragilidades, representa um importante caminho para atingir a compreensão das alterações ambientais, baseada em estudos da drenagem, da geologia, dos solos, relevo, processos da dinâmica superficial, uso e ocupação, além de estudos das alterações da vegetação natural.
No que diz respeito à relevância do trabalho, a idéia é aproximar a discussão para a aplicação de planejamento e ordenamento territorial, com base na definição dos locais apropriados para os diferentes usos, uma vez que se percebe, que as ocupações, nem sempre são precedidas de estudos que considerem as restrições dos recursos naturais, especialmente com relação a fragilidade das drenagem, das litologias, dos solos e do relevo, quando submetido a determinados usos. Por esse motivo, um conhecimento ordenado e sistemático da dinâmica ambiental se faz necessário, a fim de sugerir alternativas que tenham como premissa recuperar ou preservar a paisagem em suas dimensões natural e antrópica.
Com essa iniciativa tem-se a possibilidade de trazer maior aproximação entre meio acadêmico e sociedade como um todo, visando contemplar os interesses de ambos. Dessa forma, o estudo geoambiental na geografia diversifica a importância das pesquisas realizadas no meio acadêmico, podendo resultar em produtos que servem para fins científicos, didáticos, de planejamento e gestão de diferentes entidades públicas e privadas, ampliando o campo de atuação profissional e favorece a integração de especialistas e de experiências de áreas afins.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A importância da percepção na relação sociedade/natureza: uma discussão no âmbito da geografia

No dia-a-dia quando paramos para refletir sobre o que acontece a nossa volta, nos deparamos com diversas perguntas sem respostas. Em busca de uma solução muitas vezes inventamos respostas, o que vem passar a ser verdade até que nos deparamos com uma situação contraria.
Uma pergunta que sempre me vem a cabeça é,´´o que é a vida?´´ Essa é uma pergunta difícil de ser respondida, para alguns é apenas um simples fenômeno da natureza, onde fazemos parte de uma transformação orgânica. Dizem que há bilhões de anos atrás, moléculas inorgânicas se misturaram, uniram-se ao simples acaso e desde então existem os seres vivos, resumidamente. No começo eram seres microscópicos e depois de bilhões ou milhares de transformações começou a nossa existência. Mas há também a teoria da bíblia, que diz que o homem foi feito de barro. Bem se associarmos essa teoria a anterior, talvez pudéssemos dizer que ela tem a sua verdade. Por que Deus sendo um ser supremo de inteligência inigualável. Foi capaz de transformar e fabricar-nos a partir do nada, ou seja, de moléculas inorgânicas. Assim como o carro, o robô, o computador foram criados pelo homem, o homem também foi criado por alguém, caso contrário talvez não seria tão perfeito.
Essa discussão refere-se a duas maneiras de interpretar nossa existência e a existência do mundo real. A primeira materialista e a segunda dualista.
O homem faz parte da natureza, ele é apenas um elemento dentro de tantos outros, mas nenhum outro consegue influenciar na natureza de tal maneira que aconteça modificações gigantescas em todo o ciclo que existe na biosfera e na litosfera. Suas ações vêm, principalmente influenciar na velocidade em que os processos de dinâmica superficial ocorrem, podendo acelerá-los ou até mesmo diminuir a velocidade, dependendo dos seus interesses.
Nesse sentido trabalhou-se na importância do conhecimento de paisagem, geomorfologia e o diversos modelos de estudo destas relacionando o contexto social. Um enfoque de assuntos existentes sobre a relação sociedade e natureza nas discussões geográficas.
Discussões dicotômicas sobre ciência, paisagem e mente humana
Para uma discussão inicial traz-se o texto de Margarida Penteado (1981), onde é contextualizada a geomorfologia em relação ao contexto social. Penteado trás algumas discussões em relação a dicotomia gerada entre o natural e o social, a Geografia Física e a Geografia Humana. Destaca-se que os geógrafos mais representativos não se rotulam em geógrafos humanos ou geógrafos físicos. Diante disso, essa dicotomia tende a ser superada a partir do crescente conhecimento adquirido sobre ambas, tanto individualmente com as ciências sociais, da geologia, da história e até mesmo da própria geografia.
Assim esse binômio homem-natureza torna-se ultrapassado na geografia, sendo que não se pode extrair o homem do restante da natureza, nem o contrário, pois essa relação é indissociável, não importando de que forma são abordados.
Embora tem-se como ultrapassado esse binômio, não se pode afirmar na ciência, como um todo, que existe um método universal para estudá-lo. As ciências sociais tendem a enfatizar os aspectos humanos em suas pesquisas. Já geologia tende a enfatizar os aspectos naturais. Em meio a essas discussões a geografia surge como uma ciência una trazendo a integração homem-natureza.
São discussões muito amplas que procuram uma harmonização das questões e métodos de investigação levantada pelas diversas ciências. A geografia é colocada como a ciência mais adequada para estabelecer o diálogo sobre sociedade/natureza nas diversas ciências. A ampla carga de disciplinas da ciência geográfica permite realizar investigações ecológicas relacionada as estruturas territoriais dos sistemas técnico-naturais (urbanos, industriais, agrícolas, florestais, recreativos, etc.) e a influência das atividade do homem sobre o meio ambiente.
Podemos analisar os diversos níveis de que “regulam” a dinâmica do planeta, isoladamente, porém se um é afetado todos os demais acabam por sofrer alterações. Na tentativa de abranger todas as questões ambientais surge o conceito de ecológico e estudos com uma abordagem sistêmica sobre as diversas temáticas existentes.
Bertrand (1972), coloca o significado de paisagem e meio, onde o primeiro é a combinação dinâmica, portanto instável de elementos físicos, biológicos e antrópicos que, reagindo dialèticamente, uns sobre os outros formam um conjunto único. Já o segundo está mais associado ao significado de ecológico, onde organismos vivos realizam trocas de energia e matéria. Seus estudos definem um sistema de classificação que comporta seis níveis temporo-espaciais: de uma parte a zona, o domínio e a região, esses como unidades superiores e; de outra parte, o geosistema, o geofácies e o géotopo, como unidades inferiores.
A análise da paisagem física tem por vistas fazer o levantamento das condições de uma série de variáveis ecológicas como clima, solo, geologia, topografia, hidrografia, vegetações espontâneas e cultivadas, fauna selvagem e doméstica, bem como sua interação com as variáveis socioeconômicas, uso da terra, etc.
Ao avaliar que o meio ambiente é formado por elementos interligados e interdependentes, a análise de sistemas compreende a abordagem metodológica mais adequada para estudar e explicar a estrutura e as mudanças nas paisagens. Deve-se estudar as conexões entre os componentes da natureza, além da morfologia deve-se ter uma preocupação com a dinâmica das subdivisões.
Os estudos realizados na geografia, tem buscado interpretar essas conexões, bem como apresentá-las através de uma linguagem que possa ser compreendida por todos. Para conseguir alcançar esse objetivo deve-se primeiramente compreender como a mente irá perceber o mundo a sua volta, tanto ao pesquisador observador quanto ao leitor que irá buscar o conhecimento gerado pela pesquisa. Isso envolve elementos materiais e imateriais ligados por diferentes graus de recepção de cada indivíduo. Discussão essa que envolve o conjunto homem-natureza e todo seu processo evolutivo. Além disso, a partir da mente é que o homem pode adquirir consciência de seus atos, aos quais através de processos educativos podem auxiliar no controle da agressiva do homem sobre o meio natural.
Segundo SEARLE 2000, a partir das primeiras décadas do século XX, tentou-se trazer uma maior integração entre o material e o imaterial. Com a Segunda Guerra Mundial os intelectuais que pensavam a respeito disso ficaram abalados psicologicamente. Posteriormente a mecânica quântica vem auxiliar mais, no modo de observar e de percepção, onde coloca que o observador consciente, no próprio ato de observar, esta em parte criando sua própria realidade que observa. A quântica surge como um desafio para a visão iluminista. A mecânica quântica mostra uma indeterminação na relação entre os níveis de macro e de micro.
Ao longo da história o homem passou por vários avanços de conhecimento. A medida que nosso conhecimento avança sobre algo e que o conhecimento adquire uma posição-padrão, ou seja, algo que torna-se conhecido e aceito por todos, passamos a um novo paradigma para novamente encarar novos desafios. Estamos sempre em busca do que não conhecemos, tentando comprovar a existência daquilo que acreditamos existir, tanto ciência quanto religião.
Considerações finais
Diante do processo evolutivo da Terra e da Vida nela presente, ocorreram diversas transformações, as quais o homem tem sua participação acelerando os processos. Nesse sentido tem-se avançado, principalmente através das diversas ciências, o conhecimento sobre essa evolução, desde o macro ao micro cosmo e vice-versa. Conhecimentos que nos levam a analisar a própria mente humana e sua capacidade de cognição a essas transformações.
No âmbito Geografia é de grande importância entender a relação sociedade/natureza, pois hoje não existe natureza que não tenha sofrido a influência humana, através dos diferentes meios de atuação antrópica sobre os recursos naturais. A transformação do meio natural pelo homem em áreas com fragilidades ambientais resulta na degradação ambiental.
A falta de conhecimento da grande maioria da humanidade, sobre sua capacidade de influenciar negativamente sobre o meio natural é um dos principais problemas que vem aumentando o desequilibro da dinâmica natural. Poucos são os que refletem sobre o resultado de sua ação, e mesmo os que refletem não tem mudado seu modo de agir para que se modifique o atual contexto da relação sociedade/natureza. As ações negativas independem de classe social, étnica ou de sistema econômico. Temos maus exemplos em todos os setores citados. A desculpa é sempre a mesma “ a falta de alimento”, mas já se sabe que a quantidade produzida está certa, o que há de errado é a distribuição e o desperdício.
Portanto as diversas atuações negativas do homem sobre as dinâmicas superficiais acabam por alterar a paisagem negativamente e aceleradamente, mais do que a capacidade natural possui para manter o equilíbrio dinâmico da Terra. Isso ocorre, principalmente, devido á falta da verdadeira capacidade de percepção do homem relacionar sua prática, de modo que não agrida o meio natural e nem a própria existência da vida humana neste planeta. Pois para o prolongamento da existência da vida humana na Terra, necessita-se de manter o maior equilíbrio harmonioso possível na relação sociedade/natureza, minimizando ao máximo os impactos ambientais.
Gerson Jonas Schirmer






















sexta-feira, 18 de março de 2011

A IMPORTÂNCIA DO GEÓGRAFO NAS DISCUSSÕES DA GEOMORFOLOGIA NO CONTEXTO SOCIAL

O texto está baseado nas discussões feitas por Margarida Penteado 1981, buscando fazer uma revisão conceitual, metodológica e filosófica com intuito de situar qual posição da geomorfologia dentro da ciência geográfica.

Penteado trás algumas discussões em relação a dicotomia gerada entre o natural e o social, a Geografia Física e a Geografia Humana. Destaca-se que os geógrafos mais representativos não se rotulam em geógrafos humanos ou geógrafos físicos. Diante disso, essa dicotomia tende a ser superada a partir do crescente conhecimento adquirido sobre ambas, tanto individualmente com as ciências sociais, da geologia, da história e até mesmo da própria geografia.

Coloca-se como ultrapassado o binômio Homem-Ambiente somente como sinônimo de natureza, mas no entanto acredita-se que não quando se fala em ambiente como um complexo de relações físicas, naturais, biológicas e sociais. Ora o ambiente como esse complexo de relações por si só já está com essa dicotomia ultrapassada.

Seguindo as discussões destaca-se as reações entre relevo e sociedade. O relevo é colocado sob influências climáticas, abrangendo discussões sobre as características superficiais, deixando de lado a influência das características subsuperficiais.

Quanto a atuação do homem sobre o meio natural, segundo o texto, “depende do seu nível da organização social, das diferenças culturais, do grau de desenvolvimento tecnológico e da vitalidade da economia.” Porém esqueceu das potencialidades e fragilidades de determinado espaço o qual pode influenciar variando a necessidade de um povo.

A realidade geográfica brasileira assemelha-se, segundo o texto, de acordo com os demais países das zonas intertropicais. Onde destacam-se fragilidades tropicais, discussões herdadadas de raízes coloniais. A deterioração ambiental nessas zonas advém de diversos fatores, mas principalmente a falta de consciência ambiental e educação qualificada. Na geografia e o meio ambiente procura analisar os problemas ambientais no país. Colocando o as componentes do espaço como iguais em todo o mundo, diferenciando apenas pela combinação entre eles. Destaca que a função do geógrafo é estudar as relações que conformam as várias regiões da Terra. Sendo assim o geógrafo deve atuar como um intermediário entre as ciências físicas e sociais.

A relação entre a geografia e a geomorfologia, é segundo o texto analisado de acordo com processos superficiais, no entanto não se observou nenhuma inclusão dos atuantes subsuperficiais. Na discussão entre meio ambiente e geomorfologia tem-se colocado ao meio ambiente dividido em dois componentes: Natural ou potencial, no entanto não se falou em fragilidades ambientais, pois não se tem o mesmo nível tecnológico alcançado por todos para ser tratar apenas de recurso ou potencial.

Fala-se em desenvolvimento a partir de geração de tecnologia próprias de cada meio natural e social, mas não se comenta em com clareza de como atingir esse desenvolvimento.

Comenta que sob o prisma antropocêntrico o relevo é sempre um recurso natural. Destaca que o geomorfólogo deverá ser um profissional no sentido de aplicar o seu conhecimento nos problemas práticos para ganhar seu sustento. Desse modo os mapas geomorfológicos sempre devem ser elaborados diretamente aplicáveis aos problemas. Nesse aspecto o geógrafo exerce um papel importante subsidiando outros profissionais como: arquitetos, engenheiros, economistas, biólogos e físicos. Um exemplo prático disso está os acidente relacionados com as usinas nucleares do Japão. Foi ignorado os problemas que podem surgir se não levarmos em conta a geomorfologia no seu contexto amplo, levando em conta as variáveis superficiais (solo, vegetação, hidrografia, relevo e clima), bem como as variáveis subsuperficiais (geologia e tectônica de placas). Essas variáveis não podem ser analisadas apenas em suas partes, mas sim no seu conjunto de forma sistêmica. Em Angra foi completamente ignorada a questão geomorfológica no contexto social, pois as usinas foram instaladas entre morros e próximo a uma grande concentração populacional. Pois bem se ocorrer um eventual deslizamento massivo nesses morros próximo, ou algum outro tipo de acidente o número de pessoas em situação de vulnerabilidade é enorme. Além disso, não podemos ignorar que o Brasil não possui todos os recursos que possui o Japão.

Portanto adquirindo uma visão sobre estudos geomorfológicos e problemas ambientais a partir da abordagem sistêmica percebe-se que os problemas ambientais no Brasil estão relacionados principalmente a falta educação e consciência ambiental, interesses políticos e econômicos, e falta de colocar os problemas ambientais como prioridade para preservação da vida. Nesse sentido o geógrafo deveria receber mais reconhecimento e ter maior participação nas discussões interdisciplinares. È um profissional capacitados para diagnosticar e prognosticar sobre aspectos naturais e sociais do espaço de maneira integrada, com o auxílio da geomorfologia no contexto social. As discussões sobre ecologia, educação ambiental e desenvolvimento sustentável, muitas vezes tornam-se estéreis por falta desse profissional em tais discussões. A valorização e participação do geógrafo pode auxiliar no sucesso e segurança ambiental de um empreendimento.

Gerson Jonas Schirmer

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alguns cuidados essenciais das nascentes que resultam em melhor qualidade da água e sua preservação para as gerações futuras.

1º Isolamento da área de captação e distribuição adequada dos diferentes usos do solo.
A área adjacente à nascente (APP) deve ser toda cercada a fim de evitar o acesso de animais, seres humanos, veículos, etc. Manter uma vigilância constante para não haver poluição da área circundante à nascente.



2º Distribuição do uso do solo
Evitar o uso do solo na área circundante à nascente, em um raio de 50 m. As atividades agrícolas de preparo do solo, adubação, plantio, cultivos, colheita e transporte dos produtos levam trabalhadores, máquinas e animais de tração para o local, contaminando física, biológica e quimicamente a água, além de provocar erosão no solo. 3º Adequação das instalações rurais Devem ser retiradas todas e quaisquer habitações, galinheiros, estábulos, pocilgas, depósitos de defensivos ou outra construção que possam, ou por infiltração das excreções e produtos químicos, ou por carreamento superficial (enxurradas), contaminar o lençol freático bem como poluir diretamente a Nascente. No caso de produtos químicos, deve-se proceder a análise da água.

3º Adequação das instalações rurais
Devem ser retiradas todas e quaisquer habitações, galinheiros, estábulos, pocilgas, depósitos de defensivos ou outra construção que possam, ou por infiltração das excreções e produtos químicos, ou por carreamento superficial (enxurradas), contaminar o lençol freático bem como poluir diretamente a Nascente. No caso de produtos químicos, deve-se proceder a análise da água.

4º Conservação de toda a bacia de contribuição. Relação entre a área de contribuição e a de preservação permanente.
Este trabalho deve ser realizado em conjunto por toda a comunidade (órgãos públicos e privados), buscando o gerenciamento e manutenção das bacias hidrográficas. Este trabalho começa desde o local onde surge a nascente, seguindo todo o restante de seu curso, preservando a vegetação existente. Cuidados com a fonte para o aproveitamento da água para Consumo Construção de estruturas protetoras de nascentes. As estruturas protetoras das nascentes tem como objetivo evitar a contaminação, sobretudo da água de beber, já em sua origem, quer por partículas de solo, quer matéria orgânica oriunda das plantas circunvizinhas, insetos e outros.