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Agudo, RS, Brazil
Professor da Universidade Federal de Santa Maria. Campus Cachoeira do Sul. Àrea de Topografia e Geoprocessamento

A riqueza de uma pessoa

"Sorria, admire tudo que estiver a sua volta por que você está vivo e mundo precisa de você."
O profissional geógrafo vem para auxiliar o empresário, agricultor e órgãos públicos a realizar seu trabalho planejadamente e com sucesso dentro das novas exigências de mercado e da legislação.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Alguns cuidados essenciais das nascentes que resultam em melhor qualidade da água e sua preservação para as gerações futuras.

1º Isolamento da área de captação e distribuição adequada dos diferentes usos do solo.
A área adjacente à nascente (APP) deve ser toda cercada a fim de evitar o acesso de animais, seres humanos, veículos, etc. Manter uma vigilância constante para não haver poluição da área circundante à nascente.



2º Distribuição do uso do solo
Evitar o uso do solo na área circundante à nascente, em um raio de 50 m. As atividades agrícolas de preparo do solo, adubação, plantio, cultivos, colheita e transporte dos produtos levam trabalhadores, máquinas e animais de tração para o local, contaminando física, biológica e quimicamente a água, além de provocar erosão no solo. 3º Adequação das instalações rurais Devem ser retiradas todas e quaisquer habitações, galinheiros, estábulos, pocilgas, depósitos de defensivos ou outra construção que possam, ou por infiltração das excreções e produtos químicos, ou por carreamento superficial (enxurradas), contaminar o lençol freático bem como poluir diretamente a Nascente. No caso de produtos químicos, deve-se proceder a análise da água.

3º Adequação das instalações rurais
Devem ser retiradas todas e quaisquer habitações, galinheiros, estábulos, pocilgas, depósitos de defensivos ou outra construção que possam, ou por infiltração das excreções e produtos químicos, ou por carreamento superficial (enxurradas), contaminar o lençol freático bem como poluir diretamente a Nascente. No caso de produtos químicos, deve-se proceder a análise da água.

4º Conservação de toda a bacia de contribuição. Relação entre a área de contribuição e a de preservação permanente.
Este trabalho deve ser realizado em conjunto por toda a comunidade (órgãos públicos e privados), buscando o gerenciamento e manutenção das bacias hidrográficas. Este trabalho começa desde o local onde surge a nascente, seguindo todo o restante de seu curso, preservando a vegetação existente. Cuidados com a fonte para o aproveitamento da água para Consumo Construção de estruturas protetoras de nascentes. As estruturas protetoras das nascentes tem como objetivo evitar a contaminação, sobretudo da água de beber, já em sua origem, quer por partículas de solo, quer matéria orgânica oriunda das plantas circunvizinhas, insetos e outros.






segunda-feira, 31 de maio de 2010

Conceitos, surgimentos e evolução dos planos

Gerson Jonas Schirmer¹

Planejamento é palavra que, nas últimas décadas, vem sendo utilizada para explicitar uma intenção de racionalizar operações, da maneira mais objetiva, em todos os setores da vida social moderna.
A palavra já se desgasta, talvez pelo uso indiscriminado e, especialmente, pelas concepções equivocadas que contribuíram para a construção de inúmeros fracassos de natureza diversa. Planejar pode significar a criação de normas, de estilos e de comportamentos padronizados e indesejáveis. Planejar pode implicar na produção de limites à criatividade. Planejar pode, ainda, simplesmente significar a elaboração de planos: para que sejam ignorados; para atender demandas políticas; para legitimar posturas políticas, democráticas, mas também demagógicas ou populistas. De um modo geral os planos partem de um diagnóstico da realidade física, social, econômica, administrativa e política apresentaria um conjunto de propostas para o futuro desenvolvimento socioeconômico e futura organização espacial do local, chamado prognóstico do lugar.
O planejamento surgiu como uma resposta aos problemas enfrentados pelas cidades, tanto aqueles não resolvidos pelo urbanismo moderno quanto aqueles causados por ele. A expressão “planejamento urbano” vem da Inglaterra e dos Estados Unidos, e marca uma mudança na forma de encarar a cidade e seus problemas.
O conceito de cidade passa por mudanças, sendo visto como algo singular com identidade, relações e história. As pessoas adquirem sentimento de pertencimento por possuir relações dentro da cidade umas com as outras pessoas e com o próprio lugar. Assim o planejamento deve também acompanhar esses pensamento e ser decidido com a opinião da comunidade.
A evolução dos planejamentos urbanos deu-se basicamente em quatro fases:
1ª fase – planos de embelezamento (1875 – 1930)
Essa fase caracterizou-se por consistir basicamente no alargamento de vias, erradicação de ocupações de baixa renda nas áreas mais centrais, implementação de infra-estrutura, especialmente de saneamento, e ajardinamento de parques e praças (VILLAÇA, 1999; LEME, 1999).
2ª fase – planos de conjunto (1930 – 1965)
Nessa fase começam a ser tratados os problemas que surgem nas cidades. Busca-se a articulação entre o Centro e os bairros, e destes entre si, através de sistemas de vias e de transportes (LEME, 1999, p. 25). As vias deixam ser pensadas apenas em termos de embelezamento, mas também em termos de transporte.
3ª fase – planos de desenvolvimento integrado (1965 – 1971)
A terceira fase é marcada pela incorporação de outros aspectos aos planos, além daqueles estritamente físico-territoriais, tais como os aspectos econômicos e sociais. No entanto começa a aumentar o distanciamento das propostas atenderem as necessidades existentes, alem disso, ocorre conflitos ao decidir quais as prioridades.
4ª fase – planos sem mapas (1971 – 1992)
Devido aos maus resultados dos superplanos, abre-se mão dos diagnósticos e os planos passam a ser elaborados feito pelos próprios técnicos municipais, quase sem mapas, sem diagnósticos técnicos ou com diagnósticos reduzidos.
A participação da sociedade desde a etapa de elaboração do Plano Diretor é fundamental para legitimar as decisões e diretrizes nele contidas e para assegurar o apoio político necessário à continuidade do desenvolvimento do plano e de sua implementação. Da mesma forma, dentro da própria administração pública é preciso desenvolver canais de participação e apoio ao desenvolvimento dos trabalhos. A maneira de desenvolver tais iniciativas pode variar muito, dentro e fora da administração, não cabendo aqui o detalhamento, mas tão somente ressaltar a necessidade dessas iniciativas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Aquicultura Agudo e Dona Francisca

Aquicultura Agudo e Dona Francisca

“O espaço é uma componente chave de qualquer estrutura de sociedade”

O espaço oferece não somente a base física para as relações de transformação impressas pela sociedade ao meio, mas também interações abstratas, como espaços compostos por circuitos econômicos. O espaço deve ser um objeto de grande importância do estudo das sociedades, devido sua presença no cotidiano dos indivíduos. Como nos diz Milton Santos, é no espaço, sobre ele e junto dele, que está a casa, o lugar de trabalho, os pontos de encontro, os caminhos que unem estes pontos, ou seja, os elementos que condicionam a atividade dos homens e sua prática social. “A transformação da natureza humana é um dado socioeconômico, mas é também tributária dos imperativos espaciais.” (Sociedade e Espaço: a formação social como teoria e como método, pag. 92). Dessa forma, Santos fala em Formação Sócio-espacial ao invés de Sócio-econômica.

As sociedades, os diversos modos de vida, as diferentes culturas encontradas pelo globo terrestre, são produto das diferentes formas de interação entre o homem e o meio e, ao mesmo tempo estas interações diferenciadas garantem a manutenção de diferentes modos de vida e diferentes culturas. É um ciclo. Diferentes sociedades imprimem diferentes característica ao espaço (diferentes estruturas espaciais) e vice-versa (diferentes características espaciais refletem-se em diferentes sociedades).

Segundo Corrêa, em seu Livro Região e Organização Espacial (1986, p 53), “A organização espacial é a própria sociedade espacializada”, pois esta organização é construída pelo homem ao fazer a sua própria história. Neste sentido, Milton Santos (Sociedade e Espaço: a formação social como teoria e como método) diz: “A História não se escreve fora do espaço, e não há sociedade a – espacial?. O espaço, ele mesmo, é social.” No mesmo sentido, Ruy Moreira nos fala que: A estrutura da formação espacial é a própria estrutura da formação econômica social, dessa forma, quando olhamos a paisagem que se configura no espaço, podemos ver na desigualdade espacial a própria desigualdade da sociedade que constrói suas relações sociais sobre este espaço. (A geografia serva para desvendar másscaras sociais, em Pensar e Ser em Geografia, 2007.)

Roberto Lobato Corrêa (1986), ao afirmar que a organização espacial, além de consistir a forma pela qual a geografia constrói seu olhar para a realidade, “é uma materialidade social, resultante da apropriação e transformação da natureza e da incorporação na superfície terrestre, de objetos criados pela sociedade em sua história”. Atuando na transformação da natureza e na dinâmica das atividades econômicas, o homem altera o espaço geográfico em suas formas, estruturas, processos e funções. Por exemplo a partir de interesses econômicos a Quarta Colônia está estruturando o espaço e o modo de viver das populações locais para atender os interesses do turismo, sendo esse também um epaço(turístico). Uma nova estrutura da sociedade surge com a identidade de pertencer a Quarta Colônia. Dessa forma pode-se se afirmar que a sociedade se molda de acordo com os espaços físicos (concretos) e econômicos (abstratos).